sexta-feira, 18 de julho de 2014

A CARIDADE COMO FERRAMENTA DE ALIENAÇÃO


Três pontos importantes devem ser esclarecidos antes de iniciarmos:
  1. Caridade é o ato de dar algo a alguém. Algo que essa pessoa precise e não possa obter sozinha.
  2. Estamos aqui falando da alienação de toda e qualquer pessoa. Qualquer humano que caminhe sobre a terra.
  3. Alienar é o ato de persuadir, enganar, fazer acreditar em algo e viver como se aquilo fosse normal.
Prestar assistência aos menos favorecidos é dever do governo. É para isso que pagamos impostos, é para isso que existe o SUS, as escolas públicas e as famosas bolsas. Mas os governantes tem outras prioridades, suas prioridades. Assim, através de estratégias ideológicas estruturadas, delega essa função a você, povo.
Esta estratégia cruel se utiliza de armas poderosas. Entre elas: escola, igreja, mídia e você. Com estas armas, propagasse e injetasse no povo a ideologia necessária para se garantir a alienação de todos. A ideologia da CARIDADE.
Amar ao próximo como a si mesmo. Fazer o bem sem olhar a quem. Ajudar não dói. Quem não conhece e sente o coração reconfortado com essas palavras?
Me lembro muito bem que, ainda na pré escola fui apresentado a caridade ( e muito antes disso por meus pais, já alienados ). “tragam um quilo de alimento para levarmos a cassa de repouso” - disse a professora, também alienada.
Pouco se precisa falar sobre a igreja. É sua doutrina máxima: o amor (externado por muitos na forma de caridade). Certamente as pessoas externam esse amor na forma de caridade pois já são alienadas. É claro, dar ao próximo é parte da doutrina da igreja. Esta presente em seu livro máximo. Mas é fato que as interpretações (e uso aqui o termo interpretação para causar menos nós na garganta) das escrituras mudaram no decorre da história ao bel prazer da classe dominante da época.
A mídia por fim esta repleta de propagandas que valorizam a caridade. Como se fosse quase que uma obrigação ajudar os mais necessitados. Tirar do próprio bolso. Assim é claro, diminuindo a responsabilidade do governo. O mesmo povo que, esmagado por essa ideologia, a propaga como uma herança familiar, uma tradição cultural. Um ciclo vicioso.
Devemos então abrir mão de qualquer forma de caridade? Entregar tudo na mão do governo e cruzar os braços enquanto muitos padecem esquecidos?
CLARO QUE NÃO!

Se o governo não faz, faça-mos. Mas sem nunca esquecer que é dever deles e não nosso. Se você faz caridade, continue, mas exija também que o governo, cedo ou tarde, assuma o seu lugar.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A NATUREZA HUMANA, parte um: Definição.

   O ser humano é egoísta. É diante dessa máxima que devemos analisar as pessoas, individualmente ou em sociedade. Mas não se pode analisar o homem como uma ilha, afinal não fomos criados para viver sozinhos.
    Nenhuma regra se aplica a todos, é claro. Regras servem para maiorias. Mas antes que você comece a se colocar no grupo dos "isso não se aplica a mim" convido-o a se analisar um pouco melhor.
    Imagine-se em um restaurante. Você consegue se imaginar não sendo servido por um garçom? Você consegue se imaginar no lugar do garçom? Muitos pregam palavras de igualdade para todos, direitos iguais e tudo mais, porém, ninguém é capaz de abrir mão das regalias e detalhes que a desigualdade trás.
    Em um ambiente de trabalho por exemplo, se não existir a faxineira nenhum outro funcionário ira se dispor a limpar o banheiro. Se todos forem iguai, ninguém vai se dispor a limpar o banheiro pois vai se achar bom demais para aquilo, ou vai pensar "se eu posso, porque ele não pode?"
    Da boca pra fora podemos até suplicar por igualdade de todos, porém, no fim pregamos o bem do próximo desde que não tire nosso conforto.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

DESDENHAR O QUE NÃO SE PODE TER


O que seria melhor? Lutar por aquilo que se quer, ou simplesmente ignorar, já que você não precisa daquilo para viver?
Há muito tempo ouvi um filósofo dizendo que se ele não conseguisse algo, ele simplesmente virava as costas e ia embora, afinal, ele não precisava daquilo. Então me coloquei a pensar sobre isso
Realmente esse pensamento pode ser muito útil, quando se quer entrar em uma balada e se é barrado por exemplo. Não se abalar por coisas banais como essas realmente é algo muito bom. Você não precisa disso, então vire as costas e vá embora.
Mas é quando essa coisa que você não pode ter é um carro? Você não precisa disso, mas é uma conquista e faz bem para o ego. Em situações como essa, talvez desdenhar o que não se pode ter não seja algo assim tão aconselhado.
Se você acha que um carro é algo banal, consideremos então uma vaga na universidade. E agora?
Dar de ombros e virar as costas pode sim ser uma atitude muito boa e funcional. Afinal, evitaria grande perda de tempo e dor de cabeça. Usando como exemplo, ontem, quando estava na lotérica e um senhor fazia confusão por causa de cinco reais que a caixa lhe devolveu a menos. Claro, não era pelos cinco reais, era por princípios, mas, só o tempo que ele perdeu ali, pelo que contei, pagaria três vezes aquele valor.
Mas, desdenhar o que não se pode ter, muitas vezes pode te travar, te parar no tempo. Devemos lutar pelo que queremos, tentar uma, duas, quantas vezes forem necessárias. Argumentar, exigir direitos.
Escolher o que vale a pena ou não, lógico, vai de cada pessoa.