Três pontos importantes devem ser esclarecidos antes de
iniciarmos:
- Caridade é o ato de dar algo a alguém. Algo que essa pessoa precise e não possa obter sozinha.
- Estamos aqui falando da alienação de toda e qualquer pessoa. Qualquer humano que caminhe sobre a terra.
- Alienar é o ato de persuadir, enganar, fazer acreditar em algo e viver como se aquilo fosse normal.
Prestar assistência aos menos favorecidos é dever do
governo. É para isso que pagamos impostos, é para isso
que existe o SUS, as escolas públicas e as famosas bolsas. Mas
os governantes tem outras prioridades, suas prioridades. Assim,
através de estratégias ideológicas estruturadas,
delega essa função a você, povo.
Esta estratégia cruel se utiliza de armas poderosas. Entre
elas: escola, igreja, mídia e você. Com estas armas,
propagasse e injetasse no povo a ideologia necessária para se
garantir a alienação de todos. A ideologia da CARIDADE.
Amar ao próximo como a si mesmo. Fazer o bem sem olhar a quem.
Ajudar não dói. Quem não conhece e sente o
coração reconfortado com essas palavras?
Me lembro muito bem que, ainda na pré escola fui apresentado a
caridade ( e muito antes disso por meus pais, já alienados ).
“tragam um quilo de alimento para levarmos a cassa de repouso” -
disse a professora, também alienada.
Pouco se precisa falar sobre a igreja. É sua doutrina máxima:
o amor (externado por muitos na forma de caridade). Certamente as
pessoas externam esse amor na forma de caridade pois já são
alienadas. É claro, dar ao próximo é parte da
doutrina da igreja. Esta presente em seu livro máximo. Mas é
fato que as interpretações (e uso aqui o termo
interpretação para causar menos nós na garganta)
das escrituras mudaram no decorre da história ao bel prazer da
classe dominante da época.
A mídia por fim esta repleta de propagandas que valorizam a
caridade. Como se fosse quase que uma obrigação ajudar
os mais necessitados. Tirar do próprio bolso. Assim é
claro, diminuindo a responsabilidade do governo. O mesmo povo que,
esmagado por essa ideologia, a propaga como uma herança
familiar, uma tradição cultural. Um ciclo vicioso.
Devemos então abrir mão de qualquer forma de caridade?
Entregar tudo na mão do governo e cruzar os braços
enquanto muitos padecem esquecidos?
CLARO QUE NÃO!
Se o governo não faz, faça-mos. Mas sem nunca esquecer
que é dever deles e não nosso. Se você faz
caridade, continue, mas exija também que o governo, cedo ou
tarde, assuma o seu lugar.